Parlamentar sul-coreana é agredida fisicamente em ataque violento em Seul, elevando temores sobre segurança de políticos no país.

A parlamentar sul-coreana Bae Hyunjin, do partido governista Poder Popular, sofreu um ataque nesta quinta-feira em Seul. Ela levou um golpe na cabeça e precisou ser hospitalizada para tratar dos ferimentos, tornando-se o segundo político sul-coreano a ser agredido fisicamente em um local público em menos de um mês.

O chefe de gabinete da parlamentar, Yang Jaeyu, descreveu que o agressor se aproximou dela, perguntando repetidamente se ela era a legisladora do Partido do Poder Popular, Bae Hyunjin, antes de atingi-la com o que ele chamou de “objeto semelhante a uma rocha”. Imagens das câmeras de segurança compartilhadas por seu escritório mostraram o agressor passando por uma porta logo atrás dela antes de bater repetidamente em sua cabeça, enquanto ela tentava resistir ao ataque.

Bae, de 40 anos, foi eleita em 2020, servindo brevemente como porta-voz do então presidente eleito Yoon Suk-yeol após sua eleição em 2022. Os médicos do hospital onde ela estava sendo tratada disseram que ela estava consciente quando chegou ao pronto-socorro e que havia sofrido uma laceração de cerca de um centímetro na cabeça, sem sangramento significativo ou fraturas.

O agressor foi detido no local e está sendo investigado pela polícia. O detetive-chefe da delegacia de polícia do distrito de Gangnam, onde ocorreu o ataque, não foi encontrado imediatamente para comentar o caso.

Não é a primeira vez que um político sul-coreano sofre um ataque deste tipo. Em 2 de janeiro, um homem esfaqueou Lee Jae-myung, líder do principal partido da oposição da Coreia do Sul, no pescoço. O suspeito, que afirmou ter motivação política, foi preso e deverá ser acusado de tentativa de homicídio. Em uma declaração nas redes sociais, Lee classificou o episódio de quinta-feira como “inacreditável” e afirmou que “nenhum tipo de terrorismo político” é aceitável.

Os ataques, que ocorreram com apenas algumas semanas de intervalo contra os dois lados do espectro político, podem ser uma indicação das crescentes divisões e do rancor que têm influenciado a política sul-coreana. Os ataques físicos a políticos têm sido raros na Coreia do Sul, com um dos incidentes mais marcantes sendo o ataque em 2006 à então líder da oposição Park Geun-hye, que mais tarde conquistou a presidência. Ela foi esfaqueada no rosto por um homem que era um crítico fervoroso.

Porta-vozes do Poder Popular expressaram preocupação com o ataque, em um comunicado. A parlamentar Bae Hyunjin está sendo tratada no Hospital da Universidade Soonchunhyang de Seul. As autoridades estão investigando o caso e buscam garantir a justiça para a deputada atacada.

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