Sobrevivente do terremoto catastrófico na Turquia não consegue visitar túmulos de filha e familiares perdidos.

Há um ano, um terremoto catastrófico acometeu a Turquia, causando um impacto devastador na vida de milhares de pessoas. Mevlude Aydin, residente de Antioquia, na província de Hatay, ainda sofre com o trauma gerado pela perda de sua filha, marido e dezenas de familiares neste trágico evento. O simples pensamento de visitar os túmulos de seus entes queridos a aterroriza, já que a cidade natal que ela conhecia foi reduzida a um amontoado de ruínas, trazendo a terrível sensação de desolação.

Mais de 50.000 vidas foram ceifadas pelo terremoto de 6 de fevereiro, dizimando cidades inteiras no sudeste da Turquia. Antakya, anteriormente uma cidade vibrante, conhecida por sua arquitetura antiga e vida noturna, foi uma das áreas mais afetadas. Segundo relatos, 90% dos edifícios foram destruídos na cidade e na província circundante, levando à perda de mais de 20.000 vidas neste local.

O governo turco providenciou assentamentos para os sobreviventes, oferecendo moradia e recursos básicos para a comunidade. No entanto, a presença de um forte dispositivo policial dá às pequenas cidades de contêineres a aparência de um campo de prisioneiros, revelando um ambiente de desespero e tragédia.

As autoridades locais estimam que a população de Hatay tenha diminuído drasticamente devido ao terremoto, levando cerca de 190.000 pessoas a viverem em habitações temporárias, longe de suas casas originais. O prefeito Mehmet Hancer Gunduz encoraja a população, afirmando acreditar que dias melhores virão, mesmo que a reconstrução total de Antakya e o retorno à sua antiga glória possam levar gerações.

O impacto psicológico nas crianças também se manifesta de forma impressionante. Muitos relatos descrevem brincadeiras que terminam com simulações de terremoto, refletindo o trauma vivido por elas. A comunidade de Antakya encontra-se em um luto coletivo, buscando superar as marcas deixadas por essa tragédia que transformou suas vidas para sempre.

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