Com um passado de fogo ainda latente, a ilha já viu vulcões entrarem em erupção várias vezes, as mais recentes em 1967, 1969 e 1970. No entanto, a vida renasceu na ilha ao longo do tempo, o que a torna um local de grande interesse para os pesquisadores que buscam entender a possibilidade de vida extraterrestre.
A ilha é habitada por peixes, krills, anêmonas e esponjas marinhas que sobrevivem nesse ambiente extremo. Além disso, sua semelhança com Marte e as similaridades entre os micro-organismos presentes na ilha e as condições de vida no planeta vermelho a tornam um terreno fértil para estudos sobre a possibilidade de vida fora da Terra.
Segundo o geólogo planetário espanhol Miguel De Pablo, a ilha é uma “análoga à de Marte porque (lá) o que temos é um planeta com imensa atividade vulcânica e que, atualmente, há condições muito frias”. A análise das rochas da Ilha Deception complementa o trabalho de engenheiros, cientistas e astrônomos que já escavam e sobrevoam Marte com robôs.
A vida na ilha, bem como as mudanças que se observam ao longo do tempo, foram explicadas como resultados da evolução da intervenção humana. Nos séculos passados, a ilha sofreu uma “caça indiscriminada” de focas e baleias, o que mudou drasticamente o ambiente. No entanto, atualmente a Ilha Deception é considerada uma terra de paz e pesquisa.
Apesar das temperaturas muito mais baixas em Marte, pesquisadores acreditam que as condições antárticas podem ajudar a entender se, em Marte, podem acontecer, ou podem ter acontecido as condições para o desenvolvimento da vida. Em conclusão, esta remota ilha vulcânica não é apenas um local de beleza natural, mas também um objeto de estudo crucial na busca por vida extraterrestre.
