Um total de 167 democratas votaram contra a decisão, juntamente com 13 republicanos, incomodados com a falta de compensação orçamentária. Os republicanos, influenciados pelo ex-presidente Donald Trump, pressionam pelo apoio a Israel, aliado histórico dos Estados Unidos na guerra contra o movimento islâmico palestino Hamas na Faixa de Gaza.
Por outro lado, muitos parlamentares se opõem à aprovação de fundos adicionais para Kiev, acreditando que os contribuintes americanos não têm obrigação de financiar uma guerra que está estagnada. A mobilização que surgiu logo após a invasão russa da Ucrânia, em Fevereiro de 2022, desapareceu, gerando um cenário de divergências sobre a urgência do conflito.
Biden argumenta que o tempo é essencial para a Ucrânia e pede desde outubro que a ajuda a Israel e à Ucrânia seja incluída no mesmo pacote. A votação sobre Israel na Câmara dos Representantes foi uma tentativa de fazê-lo ceder, porém, o presidente se mostrou firme em sua posição. Ele alertou que o apoio à Ucrânia é uma forma de confrontar Vladimir Putin, e se opor a isso faz um favor ao líder russo.
Os Estados Unidos são o principal apoiante militar da Ucrânia e têm lutado para desembolsar novos fundos, exigidos por Biden e pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. As tensões políticas relacionadas à política externa definirão os próximos passos do governo de Biden e a sua influência nos conflitos internacionais.
Enquanto isso, o cenário político interno dos Estados Unidos permanece aquecido, com debates e divergências que podem impactar diretamente a política externa do país. A relação com aliados históricos, como Israel, e o posicionamento em relação aos conflitos internacionais, como a guerra na Ucrânia, estão no centro das disputas políticas e podem moldar a atuação do governo Biden no âmbito internacional.