Até ao momento, nenhum dos candidatos obteve os 16 votos necessários para assumir o cargo. Caso isso não seja feito até 12 de fevereiro, o Ministério Público ficaria a cargo da vice-procuradora-geral Martha Mancera, braço direito de Barbosa. Segundo o dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Transportes, Francisco Mora, que participou do ato em Bogotá, a manifestação foi organizada para exigir a saída do procurador e que a lista proposta pelo presidente da República possa avançar e que finalmente tenhamos um procurador adequado para enfrentar o submundo.
Cerca de mil pessoas estiveram presentes na manifestação em frente à sede da Suprema Corte. Também foram registradas mobilizações nas cidades de Medellín e Cali. De acordo com o presidente do tribunal, Gerson Chaverra, nenhum candidato alcançou o número de votos necessário e, por isso, a votação será retomada em fevereiro.
A tensão entre Petro e o atual procurador-geral se intensificou no último fim de semana, quando o presidente acusou Barbosa de querer derrubá-lo por meio de investigação sobre doações que um sindicato de trabalhadores fez à sua campanha, supostamente violando os limites estabelecidos por lei. Além disso, o órgão investigador apresentou acusações de lavagem de dinheiro contra Nicolás Petro, filho do presidente. A audiência preparatória deste julgamento será realizada em 29 de abril. Nicolás Petro está em liberdade condicional e nega que seu pai tivesse conhecimento do dinheiro de narcotraficantes em sua campanha.
Os apoiadores do presidente Petro estão determinados a lutar pela saída de Barbosa e pela nomeação de um novo procurador-geral que possa enfrentar os desafios do submundo. A situação política na Colômbia continua tensa e incerta, com manifestações populares e discussões legislativas em andamento. A expectativa é de que as próximas semanas tragam mais desenvolvimentos significativos nesse cenário.