Apoiadores de presidente da Colômbia protestam para exigir escolha de novo procurador-geral e fim de mandato do atual chefe do MP.

Centenas de manifestantes foram às ruas em várias cidades da Colômbia nesta quinta-feira para exigir que a Suprema Corte do país eleja um novo procurador-geral e coloque fim ao mandato do atual chefe do órgão judicial, Francisco Barbosa. Os apoiadores do presidente de esquerda, Gustavo Petro, responderam à convocatória do mandatário para se manifestarem nas principais cidades do país enquanto os 23 magistrados da Suprema Corte se reúnem para votar em uma lista restrita de juristas apresentada por Petro no final do ano passado.

Até ao momento, nenhum dos candidatos obteve os 16 votos necessários para assumir o cargo. Caso isso não seja feito até 12 de fevereiro, o Ministério Público ficaria a cargo da vice-procuradora-geral Martha Mancera, braço direito de Barbosa. Segundo o dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Transportes, Francisco Mora, que participou do ato em Bogotá, a manifestação foi organizada para exigir a saída do procurador e que a lista proposta pelo presidente da República possa avançar e que finalmente tenhamos um procurador adequado para enfrentar o submundo.

Cerca de mil pessoas estiveram presentes na manifestação em frente à sede da Suprema Corte. Também foram registradas mobilizações nas cidades de Medellín e Cali. De acordo com o presidente do tribunal, Gerson Chaverra, nenhum candidato alcançou o número de votos necessário e, por isso, a votação será retomada em fevereiro.

A tensão entre Petro e o atual procurador-geral se intensificou no último fim de semana, quando o presidente acusou Barbosa de querer derrubá-lo por meio de investigação sobre doações que um sindicato de trabalhadores fez à sua campanha, supostamente violando os limites estabelecidos por lei. Além disso, o órgão investigador apresentou acusações de lavagem de dinheiro contra Nicolás Petro, filho do presidente. A audiência preparatória deste julgamento será realizada em 29 de abril. Nicolás Petro está em liberdade condicional e nega que seu pai tivesse conhecimento do dinheiro de narcotraficantes em sua campanha.

Os apoiadores do presidente Petro estão determinados a lutar pela saída de Barbosa e pela nomeação de um novo procurador-geral que possa enfrentar os desafios do submundo. A situação política na Colômbia continua tensa e incerta, com manifestações populares e discussões legislativas em andamento. A expectativa é de que as próximas semanas tragam mais desenvolvimentos significativos nesse cenário.

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