Segundo informações do advogado de defesa de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, o passaporte do ex-presidente foi entregue à Polícia Federal antes do meio-dia, em cumprimento à determinação das autoridades competentes. A operação teve início após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, ter fechado um acordo de colaboração premiada com os investigadores da PF, o qual foi homologado pelo STF.
De acordo com a decisão do STF que autorizou a operação, Bolsonaro teria colaborado na preparação de um decreto com o intuito de realizar um golpe de Estado. O documento teria sido entregue a ele em 2022 por seu assessor para Assuntos Internacionais Filipe Martins e pelo advogado Amauri Feres Saad, apontado como mentor intelectual do documento.
A PF afirma que Bolsonaro teria pedido alterações no documento para remover os nomes de Mendes e Pacheco. Além disso, teria monitorado o ministro Alexandre de Moraes, demonstrando que os atos relacionados à tentativa de golpe estavam em andamento.
Um dos pontos cruciais para as investigações foi uma reunião convocada por Bolsonaro com a alta cúpula do governo federal em julho de 2022. Durante o encontro, o então presidente teria cobrado que os presentes utilizassem seus cargos para disseminar informações falsas sobre supostas fraudes nas eleições.
Segundo a PF, um vídeo com a gravação da reunião foi encontrado em um dos computadores do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Este desdobramento, aliado ao acordo de colaboração premiada, contribuiu para o avanço das investigações sobre os atos golpistas de janeiro de 2022.
Essas são as últimas informações sobre a Operação Tempus Veritatis e a investigação envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, ministros e militares de seu governo. As autoridades continuam apurando os detalhes do caso para trazer mais esclarecimentos sobre o ocorrido.