Policial militar que matou jovem na Maré é preso preventivamente pela Justiça do Rio de Janeiro.

A Justiça do Rio de Janeiro tomou uma decisão importante nesta sexta-feira (9) ao determinar a prisão preventiva do policial militar responsável pela morte do jovem Jefferson de Araújo Costa. O episódio ocorreu na quinta-feira, no Complexo da Maré, zona norte da capital. O policial foi preso em flagrante pela 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar e, após prestar depoimento, a decisão de mantê-lo detido foi tomada.

Segundo o juiz responsável pela decisão, a prisão preventiva se justifica pela gravidade do crime e a periculosidade do agente, garantindo a ordem pública. A soltura do policial poderia gerar medo e insegurança nas testemunhas, uma vez que teriam que conviver no mesmo ambiente social que o suspeito. Além disso, o magistrado entende que o caso pode ser tratado como homicídio qualificado, o que agravaria a situação e aumentaria a pena para até quatro anos de prisão.

A Polícia Civil tem considerado o caso como homicídio culposo, já que acredita não haver intenção do policial em matar a vítima. No entanto, a Polícia Militar alega que o agente foi acionado para intervir em uma manifestação que ameaçava bloquear a Avenida Brasil, importante via expressa que liga a zona oeste ao centro do Rio de Janeiro. A arma e a câmera corporal do policial foram recolhidas como provas para a investigação.

O momento do disparo foi gravado em pelo menos dois vídeos, onde é possível observar o policial se aproximando de Jefferson e realizando um movimento com o fuzil em direção à vítima, seguido pelo disparo que atingiu a barriga do jovem. As imagens também mostram o chão ensanguentado e o policial deixando o local sem prestar socorro.

O caso chamou a atenção do ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, Silvio Almeida, que expressou sua intenção de acompanhar as apurações. A Defensoria Pública do estado também demonstrou preocupação com o desdobramento do ocorrido, prestando apoio à família da vítima e solicitando a instauração de uma investigação autônoma pelo Ministério Público, seguindo as determinações do Supremo Tribunal Federal.

Dessa forma, o desfecho desse episódio trágico ainda será aguardado com ansiedade pela população, na busca por justiça e esclarecimento dos fatos que levaram à morte de Jefferson de Araújo Costa.

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