A proibição decorre do uso indevido que alguns foliões faziam para importunar sexualmente mulheres ou agredir outros participantes dos blocos com disparos de urina. A regulamentação da Lei 14.584, aprovada pela Assembleia Legislativa da Bahia em 2023, foi assinada pelo governador Jerônimo Rodrigues, estabelecendo que todo artefato, artesanal ou não, que dispare água ou outros líquidos, está proibido. O decreto também determina que os objetos recolhidos deverão ser doados às cooperativas de reciclagem, preferencialmente lideradas por mulheres.
Além disso, a Polícia Militar alertou para a quantidade de objetos perfurocortantes recolhidos, como facas, garfos, chaves de fenda, tesouras e estiletes. O secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, afirmou que esses objetos poderiam ser utilizados para crimes contra a vida e contra o patrimônio, como roubos e furtos.
O uso de pistolas d’água e objetos perfurocortantes pode representar riscos à integridade dos foliões e, por isso, as medidas de recolhimento e proibição foram estabelecidas visando à segurança de todos os participantes. Com a restrição, a expectativa é que o Carnaval possa ser vivenciado de forma mais tranquila e segura, preservando a integridade e a diversão de todos os presentes. A proibição também representa um avanço no enfrentamento ao assédio sexual e na promoção de um ambiente mais inclusivo e respeitoso para todas as pessoas que desejam aproveitar a festividade.