O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o presidente da Guiana, Irfaan Ali, tinham acordado em dezembro anteriormente, mas as ameaças de Caracas estão desafiando o acordo e apelando para uma resolução territorial. Essas ações têm preocupado a administração do presidente dos EUA, Joe Biden, que já enfrenta desafios em formular uma resposta para as alianças da Venezuela com a Rússia, o Irã e a China.
O reforço militar da Venezuela na fronteira levantou novas preocupações, pois a Guiana emergiu como uma das fronteiras energéticas mais importantes do mundo, após a descoberta de petróleo offshore por um consórcio liderado pela ExxonMobil. Com apenas 3.000 militares em sua força de defesa, a antiga colônia britânica depende dos EUA para melhorar suas capacidades defensivas.
O governo da Guiana respondeu à ameaça da Venezuela com desapontamento, mas não surpresa, refletindo a tensão entre os dois países. As mobilizações militares de Maduro e o referendo realizado em dezembro aumentaram ainda mais as tensões, enquanto a administração Biden busca uma resposta.
A Venezuela, por sua vez, acusou a Exxon de depender dos militares norte-americanos para sua segurança e de usar a Guiana para seu próprio benefício. Além disso, a Venezuela alegou estar reforçando suas defesas em resposta aos exercícios militares dos EUA na Guiana em dezembro e ao envio do Reino Unido de um pequeno navio antinarcóticos para as águas da Guiana.
Em resumo, as tensões entre a Venezuela e a Guiana estão em ascensão devido às ameaças de anexação de território e à tentativa de obter acesso às reservas de petróleo recém-descobertas pela Guiana. Essa escalada de tensões aumenta a pressão sobre a administração Biden, que já enfrenta desafios em lidar com as alianças da Venezuela com a Rússia, o Irã e a China.
