Bloco Alegria sem Ressaca promove carnaval livre de álcool e drogas em clínica no Rio de Janeiro.

O bloco Alegria sem Ressaca, fundado em 2003 com o objetivo de alertar sobre o abuso de álcool e drogas, tomou uma decisão importante para o carnaval deste ano. O bloco, que já não desfila mais pela orla de Copacabana, continua com sua missão de prevenir a dependência química e as consequências do uso abusivo de substâncias durante a festa mais famosa do Brasil.

O psiquiatra Jorge Jaber Filho, idealizador do bloco, tem como missão propagar a ideia de que a alegria não depende do consumo de drogas ou álcool. O objetivo é mostrar que é possível se divertir e aproveitar o carnaval sem excessos. Segundo Jaber Filho, é importante derrubar conceitos estabelecidos na sociedade de que a felicidade depende do consumo de bebidas alcoólicas. A alegria, de acordo com o psiquiatra, deve ser encontrada dentro de cada um, não dentro de um copo.

A luta do médico contra a dependência química começou quando ele era apenas um adolescente. Aos 14 anos, perdeu um amigo da mesma idade por overdose, o que direcionou sua carreira e determinou sua linha de atuação. Ao longo dos anos, Jaber Filho se formou em medicina e especializou-se em psiquiatria. Seu trabalho também envolve a realização de cursos gratuitos para formação de profissionais especializados no tratamento da dependência química, um grave problema de saúde pública no Brasil.

Para este carnaval, o bloco Alegria sem Ressaca se prepara para uma série de eventos em uma clínica especializada no tratamento da dependência química, localizada em Vargem Pequena, zona oeste do Rio de Janeiro. A programação inclui karaokê, Futebol das Piranhas, piscina com músicas carnavalescas, concentração ao som de músicas carnavalescas, confecção de fantasias e show da Velha Guarda de Vila Isabel. Além disso, serão realizadas palestras abordando o tema do carnaval com saúde e sobriedade.

A festa promete boa alimentação e hidratação, com petiscos, churrasco, sorvetes, sucos e muita água para os foliões. A expectativa é que as atividades reúnam cerca de 300 pessoas entre pacientes, ex-internos, familiares e profissionais da área de saúde mental. A participação é aberta não apenas para aqueles com alguma relação direta com a clínica, mas também para todos que se identificarem com a proposta de um carnaval livre de álcool e drogas.

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