O documento judicial indica que as pessoas acusadas enfrentam julgamento por “conspiração criminosa, roubo à mão armada, terrorismo, assassinato e cumplicidade em assassinato”. A investigação apontou que os indícios do envolvimento da ex-primeira-dama são suficientes para acusá-la, com suas declarações sendo consideradas inconsistentes.
O ex-primeiro-ministro interino, Claude Joseph, e o ex-diretor da polícia, Leon Charles, também enfrentam acusações ligadas ao assassinato de Moise, sendo apontados indícios suficientes contra eles. No entanto, o relatório não identifica os autores intelectuais do assassinato nem quem poderia tê-lo financiado.
No início de fevereiro, o haitiano-americano Joseph Vincent foi condenado à prisão perpétua por sua participação no assassinato, em um tribunal em Miami, nos EUA. A justiça americana também está investigando 11 pessoas acusadas de participar do ataque, com quatro delas já condenadas à prisão perpétua, incluindo Vincent.
O assassinato de Moise provocou um agravamento do caos no país mais pobre do continente americano, onde não foram realizadas eleições e o falecido presidente não foi sucedido. A ausência de identificação dos autores intelectuais do assassinato e quem financiou o ataque mostra a complexidade do caso que envolve o assassinato de Moise e as consequências para o Haiti. Nenhuma das pessoas citadas na acusação reagiu publicamente de imediato.