“Houve um aumento contínuo dos casos de sarampo em todas as regiões da OMS, exceto uma, a região das Américas”, detalhou Crowcroft em uma entrevista coletiva. No entanto, a OMS teme que mesmo a região das Américas possa se ver afetada por surtos de sarampo.
O recrudescimento do sarampo é atribuído a uma diminuição da cobertura vacinal durante os anos de pandemia de COVID-19. Em 2023, houve 306.291 casos notificados à OMS, o que representa um aumento significativo em relação aos 171.156 casos registrados em 2022.
A OMS enfatizou a importância da vacinação, ressaltando que a prevenção do sarampo e da rubéola não é mais uma prioridade global e governamental devido a questões concorrentes como a crise econômica, a COVID-19, conflitos armados, entre outros fatores.
A prevenção do sarampo requer que 95% das crianças recebam duas doses da vacina. No entanto, a cobertura vacinal global está em torno de 83% e não recuperou o nível de 86% registrado em 2019. Além disso, houve um aumento significativo no número de epidemias de sarampo no ano passado, totalizando 51, em comparação com as 32 de 2022.
A OMS alertou que é fundamental intensificar a vacinação para conter a propagação do sarampo, que é altamente contagioso e pode provocar complicações mortais. A preocupação se estende à região das Américas, que pode ser afetada por surtos da doença se as medidas adequadas de vacinação não forem implementadas.
