Famosos replicam denúncias de exploração sexual de crianças e tráfico de pessoas na Ilha de Marajó, no Pará

Famosos como a influenciadora digital Virginia Fonseca e os ex-BBBs Juliette, Rafa Kalimann e Eliezer vêm usando as redes sociais para replicar denúncias de exploração sexual de crianças e tráfico de pessoas menores de idade na Ilha de Marajó, no Pará.

O tema ganhou destaque após a cantora Aymeê entoar a música autoral “Evangelho de fariseus” na semifinal do programa “Dom reality”, cuja transmissão ocorreu no YouTube na última quinta-feira (15). A letra da música citou diretamente a ilha de Marajó, lançando luz sobre problemas sociais e ambientais na região.

A cantora afirmou durante sua apresentação que “Marajó é uma ilha a alguns minutos de Belém, minha terra. E lá tem muito tráfico de órgãos. Lá é normal isso. Tem pedofilia em nível hard. As crianças de 5 anos, quando veem um barco vindo de fora com turistas, Marajó é muito turística, e as famílias lá são muito carentes. As criancinhas de 6 e 7 anos saem numa canoa e se prostituem no barco por R$ 5”.

Esse relato chocou os ex-BBBs e os famosos na internet, levando a uma grande repercussão nos perfis sociais. O assunto também chamou a atenção para a realidade social na ilha, que tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, conforme dados apresentados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Através das redes sociais, a ex-BBB Rafa Kalimann afirmou que o vídeo com a performance de Aymeê “reacendeu” um tema “tão delicado e urgente”. Enquanto isso, Juliette clamou por ações e respostas, destacando a importância de dar voz a uma causa tão urgente como essa.

Isso acendeu um alerta para a situação na ilha de Marajó, que já foi foco de uma campanha impulsionada por famosos e personalidades brasileiros, reforçando a necessidade de mais atenção para as questões sociais e de segurança na região.

Além disso, foi destacado que a situação na ilha não é nova, com o governo federal lançando em maio de 2023 o programa Cidadania Marajó para enfrentar a exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes na região. Essa iniciativa veio para substituir o projeto “Abrace o Marajó”, criado anteriormente para minimizar a vulnerabilidade social, econômica e ambiental na região.

É importante ressaltar que, em 2020, a então ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves fez denúncias sobre mutilação e tráfico de crianças para exploração sexual na ilha, mas essas denúncias foram consideradas sem provas pelo Ministério Público Federal (MPF) no Pará.

Vale ressaltar que o vídeo viral sobre a situação na Ilha de Marajó repercutiu nas redes sociais e inspirou uma campanha de personalidades, aumentando a conscientização sobre os problemas enfrentados nessa região do Pará.

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