G20 se posiciona a favor da solução de dois estados para conflito Palestino-Israelense

Os integrantes do G20, que consiste nos 19 países mais desenvolvidos do mundo e na União Europeia, reuniram-se nesta quinta-feira no Rio de Janeiro para discutir as principais questões globais, com destaque para a busca de soluções para os conflitos no Oriente Médio.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, que também participou do encontro, afirmou que a posição unânime entre os países presentes é a necessidade de uma solução de dois estados entre Israel e Palestina. Segundo ele, a solução de dois estados é considerada o único caminho para a paz no Oriente Médio. Além disso, foi destacada a necessidade de uma reforma no Conselho de Segurança da ONU.

A reunião contou com a presença de 45 delegações e entidades multilaterais, como a ONU, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial do Comércio (OMC). Entre os chanceleres presentes, estavam representantes de países como os Estados Unidos, Rússia e Reino Unido.

Os integrantes do G20 discutiram a participação do grupo no diálogo e resolução de conflitos internacionais, como a situação na Ucrânia, que sofre invasão russa, e na Faixa de Gaza, que enfrenta ofensivas e invasão territorial israelense.

Mauro Vieira afirmou que houve uma “virtual unanimidade no apoio à solução de dois estados como sendo a única solução possível para o conflito entre Israel e Palestina.” Ele também destacou a preocupação com o deslocamento forçado de mais de 1,1 milhão de palestinos para o sul da Faixa de Gaza.

A ofensiva de Israel na região é uma retaliação ao ataque do Hamas ao território israelense em 7 de outubro do ano passado, que resultou em 1,2 mil mortes e mais de 250 sequestros. As autoridades de Gaza relatam que o número de mortos na região palestina sitiada desde então beira 30 mil.

Além disso, a presidência brasileira do G20 espera impulsionar uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, que atualmente é formado por apenas 15 países, sendo que somente cinco têm poder de veto.

O Brasil também acolheu as demais prioridades da presidência rotativa do G20, como a busca da inclusão social e combate à fome e à pobreza, bem como a promoção do desenvolvimento sustentável.

Foi anunciada a realização de um novo encontro extraordinário dos chanceleres em setembro, em Nova York, à margem da abertura da 79ª Assembleia-Geral da ONU, com a participação de todos os países, independentemente de terem assento no G20.

Portanto, o encontro de chanceleres do G20 reforçou a importância do diálogo e da cooperação internacional como forma de buscar soluções para os principais desafios globais. Com participação de todas as grandes economias mundiais, o G20 se coloca como um fórum de concertação internacional para promover a paz, a segurança e o desenvolvimento sustentável.

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