Ministro das Relações Exteriores da Turquia pede ação do G20 por cessar-fogo urgente em Gaza durante reuniões no Brasil.

Durante a reunião do G20 no Brasil, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, pediu que a comunidade internacional desempenhe um papel mais ativo na busca por um cessar-fogo urgente em Gaza e por uma solução de dois Estados para o conflito, de acordo com uma fonte diplomática turca. A Turquia tem sido crítica em relação aos ataques de Israel à região de Gaza e tem apoiado medidas para que o país seja julgado por genocídio na Corte Internacional de Justiça.

Ao contrário de seus aliados ocidentais e de algumas nações do Golfo, a Turquia, como membro da Otan, não considera o Hamas como uma organização terrorista. O grupo militante palestino governa Gaza e realizou um ataque dentro de Israel em outubro, o que motivou a campanha israelense.

Durante a reunião no Rio de Janeiro, Fidan enfatizou a necessidade de interromper a “selvageria” em Gaza e discutiu medidas para alcançar um cessar-fogo urgente e obter mais ajuda para o enclave durante as conversas com ministros das Relações Exteriores dos Estados Unidos, Alemanha e Egito.

Segundo fontes, Fidan discutiu com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, medidas concretas para interromper os combates e alcançar um cessar-fogo total o mais rápido possível.

Fidan também abordou a questão do Conselho de Segurança da ONU, afirmando que a falta de uma decisão sobre um cessar-fogo demonstra a necessidade de reformas no órgão para torná-lo mais inclusivo e representativo do mundo. Ele também elogiou o posicionamento do presidente brasileiro, Lula, que comparou a guerra em Gaza ao genocídio nazista durante a Segunda Guerra Mundial, mesmo que essa declaração tenha irritado Israel.

Enquanto a situação continua a se desenrolar em Gaza, o apelo da Turquia por um cessar-fogo urgente e a busca por uma solução de dois Estados são indicativos da pressão internacional em relação ao conflito. O pedido de reforma no Conselho de Segurança da ONU também levanta questões importantes sobre a representatividade e eficácia do órgão no contexto dos conflitos globais.

É fundamental que a comunidade internacional continue a debater e tomar medidas concretas para resolver a crise em Gaza e buscar uma solução justa e duradoura para o conflito israelo-palestino.

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