Operação Cosa Nostra Fraterna desarticula esquema de lavagem de dinheiro milionário da milícia de Zinho na Zona Oeste do Rio.

Na última quarta-feira, a Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (Dcoc-LD) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio deflagraram uma operação contra a lavagem de dinheiro da milícia de Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho. Segundo as investigações, o grupo criminoso teria movimentado a quantia de R$ 135 milhões no período de sete anos, entre 2017 e 2023.

Intitulada “Cosa Nostra Fraterna”, a operação tinha como objetivo cumprir 21 mandados de busca e apreensão em diversos bairros da Zona Oeste do Rio, além do município de Seropédica, na Região Metropolitana. Os endereços alvos da ação pertencem a nove pessoas físicas e sete jurídicas que estão sendo investigadas pela prática de lavagem de dinheiro associada à milícia de Zinho.

Um dos alvos da operação é um haras em Paciência que já pertenceu a Zinho, além de uma empresa de internet chamada “Central Estrelar”, localizada em Santa Cruz. Os mandados de busca e apreensão foram obtidos pelo Gaeco junto ao Juízo da 1ª Vara Especializada em Crime Organizado, que também determinou a interdição de empresas suspeitas e o bloqueio de bens móveis e imóveis dos envolvidos.

Esta é a primeira grande operação no Rio realizada com o apoio do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra), que reúne agentes da Polícia Civil e representantes de diversos órgãos estaduais e federais no combate aos crimes financeiros e à lavagem de dinheiro, visando asfixiar o tráfico e as milícias. A força-tarefa conta também com a participação da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil.

Zinho se entregou às autoridades em dezembro do ano passado e desde então, o grupo liderado por ele tem sido alvo de uma guerra sangrenta que resultou em diversas mortes. Recentemente, a Justiça determinou a transferência do miliciano para uma penitenciária federal, devido ao risco que sua permanência no estado representava para a segurança pública.

Essa operação demonstra o empenho das autoridades em combater as organizações criminosas e a lavagem de dinheiro ligadas às milícias no Rio de Janeiro, promovendo a justiça e a segurança da população local.

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