No vídeo divulgado pelos jovens, eles desacreditavam no trabalho da polícia, chegando ao ponto de afirmar que nem o Grupo de Ações Táticas Itinerantes (Gati) era capaz de localizá-los. Os suspeitos exibiram uma pistola 380 e várias munições durante a transmissão. Contudo, o delegado titular do GOE, José Tenório Neto, afirmou que a corporação aceitou o desafio dos jovens e conseguiu prendê-los.
Segundo informações da polícia, o homem de 18 anos havia fugido de Itamaracá no início de janeiro, devido a um conflito com um criminoso, e se estabeleceu no Ibura. Já o adolescente de 17 anos deixou a ilha na última sexta-feira (23) e estava refugiado na mesma residência do mais velho. Ambos confessaram ser traficantes de uma das facções que atuam na região.
Os suspeitos, após serem interrogados, tiveram destinos distintos. O adolescente foi encaminhado à Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) e ficará internado por 45 dias pelo ato infracional relacionado ao porte ilegal de arma de fogo. Já o homem de 18 anos, por ser réu primário, passou por uma audiência de custódia e foi liberado, sendo autuado por porte ilegal de arma e corrupção de menores.
As investigações continuam para identificar os responsáveis pelas mortes e lesões de crianças e adolescentes em Itamaracá, em meio a uma disputa entre facções criminosas. É importante ressaltar que, de acordo com o delegado, os suspeitos presos têm ligações com essas organizações criminosas, indiretamente contribuindo para a violência na região.