Ajuda humanitária chega a Gaza por paraquedas, mas é insuficiente para população devastada pela guerra e fome, alertam autoridades.

Em meio à situação humanitária alarmante em Gaza, diversos países começaram a enviar ajuda por paraquedas para o território palestino. Essa ação, embora louvável, é considerada insuficiente para suprir as enormes necessidades da população, de acordo com informações obtidas junto a diferentes fontes. Países como a Jordânia, Egito e Emirados Árabes Unidos se uniram aos Estados Unidos na iniciativa de enviar auxílio, sendo que os EUA lançaram 38 mil sacos de ração alimentar, destinados a situações de emergência.

Entretanto, um alto funcionário americano admitiu anonimamente à AFP que essa ajuda é apenas “uma gota no oceano” diante das necessidades em Gaza, que vem sofrendo com a devastação da guerra por quase cinco meses, resultando na escassez de alimentos, água e medicamentos. Os fluxos de ajuda humanitária para Gaza reduziram drasticamente desde o início dos conflitos em outubro, destacando uma diminuição de 50% no número de caminhões de ajuda que entraram no enclave em fevereiro em comparação a janeiro.

De acordo com dados da UNRWA, aproximadamente 2,3 mil caminhões de ajuda chegaram a Gaza em fevereiro, uma média de 82 veículos por dia, número significativamente menor do que a quantidade diária de 500 caminhões antes do conflito. A situação humanitária na Faixa de Gaza é crítica, com a ONU relatando que cerca de 500 mil pessoas estão em situação de fome ou catástrofe humanitária, enquanto a pobreza alimentar atinge 90% das crianças menores de 2 anos e 95% das mulheres grávidas ou lactantes.

As ofensivas aéreas e terrestres lançadas por Israel em resposta aos ataques terroristas têm causado um alto número de vítimas do lado palestino, principalmente mulheres e crianças. Os moradores de Gaza, que enfrentam condições precárias, relataram que parte da ajuda humanitária enviada por paraquedas acabou caindo no Mar Mediterrâneo, evidenciando os desafios e riscos dessa forma de entrega.

Diante desse cenário, organizações humanitárias pedem a abertura dos pontos de passagem de fronteira por parte de Israel para permitir a entrada segura e eficiente de ajuda humanitária em Gaza. A solução atual, apesar de significativa, é considerada cara e problemática, levando os especialistas a pressionarem por métodos de entrega mais tradicionais e eficazes. Ainda assim, diante da crise humanitária em curso, todas as opções estão sendo consideradas para mitigar o sofrimento da população de Gaza.

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