Liqun ressaltou que o AIIB não possui restrições de capital e está interessado em investir em projetos de grande porte, especialmente na área de infraestrutura, conectando o Brasil ao oeste do continente e ao Oceano Pacífico, além de projetos de adaptação às mudanças climáticas. Essa postura do presidente do AIIB vai ao encontro do discurso de Lula sobre promover a integração da América do Sul e buscar rotas alternativas para o comércio.
O presidente brasileiro destacou o encontro nas redes sociais e ressaltou a importância do AIIB investir em projetos de desenvolvimento fora da Ásia. Jin Liqun também mencionou que o banco já desenvolveu três projetos no Brasil, totalizando US$ 350 milhões, mas que pretende fazer mais para melhorar a conectividade com a Ásia e ser um parceiro estratégico para o Brasil nas próximas décadas.
Além disso, durante o encontro não foram discutidos projetos específicos, mas sim apresentadas as intenções para uma cooperação de longo prazo entre o AIIB e o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), do Brics. A presidente do NDB, Dilma Rousseff, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participaram da reunião, que envolveu uma discussão sobre projetos de infraestrutura, estradas, ferrovias, aeroportos, portos marítimos e energias renováveis.
Antes desse encontro, Lula teve uma conversa com a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, sobre desenvolvimento com inclusão social e a redução da pobreza no mundo. O presidente brasileiro tem defendido uma reforma das instituições de governança e financiamento globais, buscando equilibrar a dívida externa de países mais pobres e converter passivos em ativos de desenvolvimento. Essas discussões refletem a preocupação de Lula em construir um mundo mais próspero, sustentável e justo.