Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (5), Pistorius explicou que um dos participantes da conversa estava em Cingapura e conectou-se à videoconferência de forma não autorizada, o que levou ao vazamento das informações. Segundo o ministro, a presença de altos comandantes de nações europeias aliadas em um salão aeronáutico em Cingapura tornou a ocasião conveniente para os serviços secretos russos, que teriam aproveitado o momento para acessar a conversa.
Para Pistorius, o acesso de espiões russos à conversa foi resultado do acaso, dentro do contexto de escutas em grande escala. Ele destacou que o incidente foi um grave erro que não deveria ter ocorrido, mas assegurou que a confiança dos aliados na Alemanha permanece intacta. O ministro anunciou a abertura de uma investigação preliminar, mas afirmou que, por enquanto, não estão previstas consequências individuais.
Em relação às declarações feitas durante a conversa vazada, os oficiais discutiram a possibilidade de fornecer mísseis Taurus à Ucrânia, mesmo após o chefe do governo alemão, Olaf Scholz, ter se manifestado contra a medida. Além disso, houve menções a possíveis ataques contra a ponte da Crimeia, península anexada por Moscou em 2014.
Diante da situação, o ministro Pistorius afirmou que não irá “fazer o jogo de Putin e sacrificar seus melhores oficiais”. O vazamento da conversa confidencial levantou questões sobre a segurança das informações no âmbito militar e diplomático da Alemanha, e as investigações continuam em andamento para esclarecer os detalhes do incidente.