CNPq lança edital de R$ 100 milhões para formar meninas e mulheres em ciências exatas, engenharias e computação, visando diversidade na pesquisa.

O incentivo à participação de meninas e mulheres nas áreas de ciências exatas, engenharias e computação vem ganhando destaque com o edital lançado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que disponibiliza R$ 100 milhões para apoiar a formação desses públicos. O objetivo da iniciativa é promover a diversidade na pesquisa científica, buscando reduzir a desigualdade de gênero nesses setores.

Segundo a cientista Hildete Pereira de Melo, a presença de homens brancos tem sido predominante em diversos campos científicos, mas as mulheres sempre estiveram presentes, ainda que de forma mais discreta. Ela destaca a importância de resgatar a história de pioneiras como Marie Curie e Bertha Lutz, que contribuíram significativamente para o avanço da ciência, tanto internacionalmente quanto nacionalmente.

Para Hildete, Johanna Döbereiner é uma das maiores cientistas brasileiras, responsável por descobertas que viabilizaram a produção de soja e açúcar no cerrado brasileiro. A pesquisadora também ressalta a importância de promover a igualdade de gênero e de dar visibilidade às conquistas das mulheres na ciência.

No entanto, apesar do avanço na presença feminina em programas de mestrado, doutorado e pós-doutorado, dados da Capes indicam que a realidade dos cargos de liderança ainda é predominantemente masculina. A luta por representatividade e igualdade de oportunidades continua sendo um desafio para as mulheres nas áreas científicas.

Lygia da Veiga Pereira, uma das principais cientistas do Brasil no campo do estudo genético, destaca os desafios enfrentados pelas mulheres que conciliam a maternidade com a produção científica. Ela ressalta a importância de superar barreiras culturais que limitam a participação feminina na ciência e defende que a maternidade não deve prejudicar outras ambições profissionais das mulheres.

O edital lançado pelo CNPq representa um passo importante para estimular a participação de meninas e mulheres nas áreas de ciências exatas, engenharias e computação, contribuindo para a construção de uma sociedade mais igualitária e diversa no campo da pesquisa científica.

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