Ativista venezuelana Rocío San Miguel detida acusada de traição à pátria e terrorismo: seus familiares são soltos um dia antes

A renomada ativista e advogada venezuelana Rocío San Miguel, diretora da ONG Controle Cidadão, está detida há quase um mês na prisão do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), El Helicoide. Essa prisão é conhecida por ser considerada o principal centro de tortura do país de acordo com ONGs de direitos humanos.

Rocío foi presa sob a acusação de “traição à pátria”, “terrorismo” e “conspiração” para assassinar o presidente Nicolás Maduro, tornando-se assim a principal presa política da Venezuela. Desde o dia 9 de fevereiro, ela não teve contato com seus advogados e sua única visita foi da sua filha, Miranda Díaz.

A família de Rocío também teve problemas com a justiça venezuelana no passado, sendo presos e posteriormente liberados, porém, estão proibidos de sair do país e de falar com a imprensa. Ela é reconhecida tanto dentro quanto fora do país, e sua prisão gerou uma onda de protestos e pedidos de libertação, inclusive da União Europeia, que infelizmente não foram bem-sucedidos.

A ativista é uma especialista em temas militares e as acusações contra ela são vistas como uma tentativa de repressão por parte do governo de Nicolás Maduro. Mesmo assim, Rocío nunca teve conexões com políticos da oposição venezuelana, focando seu trabalho em relatórios, análises e pesquisas sobre o mundo militar.

O caso de Rocío San Miguel é envolto em mistério e preocupação, com sua defesa pública não se comunicando com seus familiares e o acesso dos advogados sendo negado. Sua situação na prisão é desconhecida, gerando ainda mais apreensão entre seus seguidores e defensores dos direitos humanos.

Enquanto isso, o Tribunal Penal Internacional investiga possíveis crimes contra a Humanidade cometidos pelo governo de Maduro, que nega todas as acusações. A situação na Venezuela, com mais de 263 “presos políticos” segundo a Foro Penal, reflete um cenário de repressão e violações dos direitos humanos que ainda persistem no país.

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