Vladimir Putin encerra campanha eleitoral rumo a mais um mandato histórico na Rússia, desafiando opositores internos e pressão internacional.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, encerrou ontem sua campanha eleitoral em um cenário que aponta para mais um mandato à frente do país. Todas as pesquisas indicam que Putin está próximo de se tornar o líder mais longevo da Rússia desde a revolução, ultrapassando Josef Stalin com seus 29 anos de governo no Kremlin.

Para Putin, que é conhecido por suas atividades físicas viris, como caçar ursos, jogar hóquei e cavalgar sem camisa na Sibéria, bater o recorde de Stalin parece ser mera formalidade. A votação está marcada para o domingo e, de acordo com as informações, Putin tem uma ampla vantagem sobre os outros concorrentes.

A invasão da Ucrânia há dois anos trouxe um aumento da popularidade do presidente russo, que agora está mais próximo de uma vitória na guerra. Isso tem gerado preocupações em países europeus, especialmente aqueles que eram antigas repúblicas soviéticas.

Apesar das sanções internacionais, Putin parece não ceder em sua postura agressiva na política externa. A maioria das pesquisas indicam que sua popularidade está acima dos 80%, de acordo com o Levada Center, um instituto de pesquisa independente na Rússia.

Internamente, Putin tem desmontado a oposição, utilizando leis rigorosas que têm levado muitos opositores ao exílio ou à prisão. A morte recente do principal líder dissidente, Alexei Navalni, em circunstâncias suspeitas em uma colônia penal, aumentou a pressão internacional sobre o regime russo.

Apesar de todas as controvérsias, Putin segue firme em sua campanha eleitoral, pedindo aos 112 milhões de eleitores russos que compareçam às urnas. Ele enfatiza a importância de participar do processo eleitoral como um ato patriótico e um passo para o futuro do país.

A Comissão Eleitoral Central registrou apenas mais três candidatos, nenhum deles representando uma oposição real. Com Putin no poder, e a possibilidade de reeleição em 2030, ele pode se consolidar como uma presença política duradoura na Rússia. A votação no domingo definirá os próximos seis anos do país sob o comando de Putin, para a alegria de seus apoiadores e a preocupação dos críticos.

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