Ministério da Justiça transfere 14 presos em operação de rodízio para enfraquecer líderes do crime organizado em unidades penitenciárias federais.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública realizou uma operação de transferência de 14 presos entre unidades do sistema penitenciário federal na última quinta-feira e sexta-feira. Essa ação, denominada de rodízio periódico, teve como principal objetivo enfraquecer os líderes do crime organizado que estão detidos nas penitenciárias federais.

Segundo informações da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), essas transferências estão inseridas em um protocolo planejado com o intuito de evitar articulações das organizações criminosas dentro das prisões e desestabilizar possíveis conexões em regiões onde se encontram as penitenciárias federais.

O mês de março já havia sido marcado pela transferência de Fernandinho Beira-Mar do presídio federal de Mossoró. Além disso, dois presos conseguiram escapar da mesma unidade em fevereiro, no que foi considerada a primeira fuga registrada no sistema penitenciário gerido pelo governo federal.

Em paralelo, as buscas pelos fugitivos Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, vinculados ao Comando Vermelho, completaram um mês essa semana. Cerca de 500 agentes estão empenhados na recaptura desses fugitivos, porém, até o momento, não obtiveram sucesso diante das estratégias utilizadas pelos detentos e do complicado terreno da caatinga potiguar.

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que há fortes indícios de que a dupla ainda se encontra na região. A demora na recaptura tem sido motivo de desconforto e o Ministério adotou medidas reforçadas, estendendo-as também para as outras quatro penitenciárias federais.

Além disso, um caso de transferência de milicianos chamou a atenção. A Seap do Rio de Janeiro transferiu Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, e seu comparsa Marcelo de Luna Silva, o Boquinha, para o presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A operação contou com intenso reforço policial e patrulhamento e os dois foram entregues a agentes penais federais para serem levados à capital do Mato Grosso do Sul. A transferência foi ordenada pela juíza Elizabeth Machado Louro, que considerou a permanência dos milicianos no Estado do Rio de Janeiro como um grave risco à segurança pública da região.

Portanto, as ações realizadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública mostram um esforço contínuo no combate ao crime organizado e na manutenção da ordem e segurança nas instituições penitenciárias federais.

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