Segundo informações da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), essas transferências estão inseridas em um protocolo planejado com o intuito de evitar articulações das organizações criminosas dentro das prisões e desestabilizar possíveis conexões em regiões onde se encontram as penitenciárias federais.
O mês de março já havia sido marcado pela transferência de Fernandinho Beira-Mar do presídio federal de Mossoró. Além disso, dois presos conseguiram escapar da mesma unidade em fevereiro, no que foi considerada a primeira fuga registrada no sistema penitenciário gerido pelo governo federal.
Em paralelo, as buscas pelos fugitivos Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, vinculados ao Comando Vermelho, completaram um mês essa semana. Cerca de 500 agentes estão empenhados na recaptura desses fugitivos, porém, até o momento, não obtiveram sucesso diante das estratégias utilizadas pelos detentos e do complicado terreno da caatinga potiguar.
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que há fortes indícios de que a dupla ainda se encontra na região. A demora na recaptura tem sido motivo de desconforto e o Ministério adotou medidas reforçadas, estendendo-as também para as outras quatro penitenciárias federais.
Além disso, um caso de transferência de milicianos chamou a atenção. A Seap do Rio de Janeiro transferiu Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, e seu comparsa Marcelo de Luna Silva, o Boquinha, para o presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A operação contou com intenso reforço policial e patrulhamento e os dois foram entregues a agentes penais federais para serem levados à capital do Mato Grosso do Sul. A transferência foi ordenada pela juíza Elizabeth Machado Louro, que considerou a permanência dos milicianos no Estado do Rio de Janeiro como um grave risco à segurança pública da região.
Portanto, as ações realizadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública mostram um esforço contínuo no combate ao crime organizado e na manutenção da ordem e segurança nas instituições penitenciárias federais.