O mês de dezembro se destacou com um aumento de 1,1% em comparação com o mesmo período de 2022, com um acréscimo de R$ 18,1 bilhões, o melhor desempenho para um único mês desde o início da crise sanitária em 2020.
No cenário anual, atividades como locação de meios de transporte foram determinantes para impulsionar o crescimento do setor, apresentando um aumento significativo de 18,3%. No entanto, o segmento de viagens rodoviárias não obteve um resultado positivo, registrando uma queda de 4% em 2023.
O segmento de alojamento foi um dos grandes responsáveis pelo crescimento em dezembro, com um avanço de 15,7%, juntamente com o transporte aéreo (4,4%) e as agências de veículos (10,8%). Por outro lado, o transporte rodoviário sofreu uma queda de 19,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Os dados analisados são provenientes da Pesquisa Anual de Serviços, com informações atualizadas pela Pesquisa Mensal de Serviços, ambas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Todas as informações são corrigidas mensalmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e englobam atividades que possuem relação direta ou parcial com o turismo.
Apesar dos resultados positivos e da expectativa de melhora na condição econômica das famílias brasileiras, o setor demonstra preocupação com o possível fim do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). A Fecomercio destaca a importância deste programa, criado em 2021 para auxiliar o segmento de eventos, que engloba diversas atividades turísticas. A entidade ressalta que a manutenção do Perse foi fundamental para manter os investimentos das empresas, renegociar dívidas e gerar novos empregos após o período pandêmico.
Dessa forma, o setor turístico brasileiro apresenta sinais de recuperação e crescimento, mas ainda enfrenta desafios e incertezas em relação ao futuro, especialmente diante do encerramento de programas de apoio governamental.