A pesquisa, que entrevistou 1.674 pessoas entre os dias 4 e 12 de março, mostrou que a avaliação da gestão foi distribuída entre muito ruim (34%), muito boa (21%), boa (19%), regular (13%) e ruim (13%). Além disso, houve falta de consenso sobre a direção em que o país está indo com Milei no comando: 50% consideram correta e 50% equivocada. A margem de erro do estudo é de cerca de 2,4%.
Embora a maioria dos entrevistados tenha expressado um sentimento positivo em relação à situação política e econômica atual da Argentina, com destaque para a “esperança” (25%), sentimentos negativos também se fizeram presentes, como “incerteza” (23%), “raiva” (19%), “medo” (10%) e “decepção” (7%).
A inflação segue sendo a maior preocupação dos argentinos (24%), seguida pela pobreza (18%) e corrupção (10%). A desvalorização do peso em mais de 50% pelo presidente Milei resultou em uma inflação de 25,5% em dezembro, que caiu para 20,6% em janeiro e 13,2% em fevereiro. Em relação às medidas econômicas propostas por Milei, houve uma polarização, mas a maioria dos argentinos sente que será afetada de alguma forma.
A dolarização, uma das propostas do governo Milei, gerou discordância: 44% se mostraram “muito em desacordo” e 20% “muito em acordo”. A expectativa é de que os próximos meses sejam desafiadores para Milei à frente do governo argentino, com a inflação e as medidas econômicas sendo temas centrais de debates e preocupações.