Essa decisão gerou bastante discussão nas redes sociais, com diversos usuários manifestando opiniões a favor e contra a medida. O corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, que também é ministro do STJ, solicitou explicações à presidente do tribunal. Ele levantou a preocupação de que as regras podem favorecer a discriminação de gênero, principalmente através da imposição de normas que, segundo ele, podem constranger as pessoas, especialmente as mulheres.
Salomão ressaltou a importância de se ter um olhar atento para questões de gênero no Judiciário e condenou qualquer forma de discriminação ou violência, incluindo a maneira como as pessoas são tratadas nas dependências do tribunal. Além disso, ele solicitou informações sobre possíveis casos em que servidores e servidoras foram impedidos de entrar no STJ devido às regras de vestuário.
Não é a primeira vez que o STJ se torna alvo de discussão por questões relacionadas ao vestuário. Em outubro de 2020, o ex-ministro Néfi Cordeiro foi flagrado sem calças durante uma transmissão online do tribunal, o que gerou polêmica e questionamentos sobre o ambiente de trabalho no órgão.
Ainda não está claro como o STJ irá responder às solicitações do CNJ e se a norma em questão passará por revisões. No entanto, a discussão gerada em torno desse tema reforça a importância de se debater não apenas questões de vestuário, mas também de gênero e respeito no ambiente de trabalho, especialmente no Poder Judiciário.