SPE reduz projeção de inflação para 2024 e mantém estimativa de crescimento econômico em boletim divulgado pelo Ministério da Fazenda.

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda apresentou nesta quinta-feira (21) o Boletim Macrofiscal com projeções para a economia brasileira. Entre os principais destaques está a redução da projeção de inflação oficial para o ano de 2024, que passou de 3,55% para 3,5%. O índice previsto para o crescimento da economia foi mantido em 2,2%.

Segundo a SPE, a estimativa para a inflação está de acordo com a meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o ano de 2024, que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para o ano seguinte, a projeção de inflação subiu de 3% para 3,1%.

A SPE destacou que o impacto do fenômeno El Niño sobre a inflação de alimentos, etanol e tarifas de energia elétrica foi menor do que o inicialmente previsto. Além disso, os reajustes de preços monitorados ficaram abaixo das expectativas, com destaque para licenciamento e emplacamento de veículos e tarifas de energia.

A desaceleração da inflação nos serviços também contribuiu para a revisão para baixo da estimativa. A SPE ressaltou ainda que a economia internacional, com preços de bens industriais beneficiados pelo excesso de capacidade ociosa na China, também tem impacto na inflação.

Quanto ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de alta de 2,2% em 2024 foi mantida. A SPE espera um crescimento mais equilibrado baseado no avanço de setores cíclicos e na expansão da absorção doméstica. No entanto, as projeções foram feitas antes da divulgação de dados recentes que mostraram um crescimento acima do esperado no comércio e nos serviços.

Por fim, as projeções do Boletim Macrofiscal são importantes para a elaboração do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que será divulgado nesta sexta-feira (22). O relatório é publicado a cada dois meses e traz previsões para a execução do Orçamento com base no desempenho das receitas e previsão de gastos do governo. Em caso de descumprimento da meta de déficit primário, o governo pode bloquear alguns gastos não obrigatórios.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo