Manifestantes ligados ao PT convocam atos para pedir prisão de Bolsonaro e lembrar 60 anos da ditadura militar em 19 cidades.

Neste sábado, o Partido dos Trabalhadores (PT) convocou seus apoiadores para participar de atos de rua que pedem a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e relembrar os 60 anos da ditadura militar. A manifestação, que envolve 19 cidades, sendo 16 capitais brasileiras e duas cidades europeias, não contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus ministros. A ausência de Lula e sua equipe seria motivada pelo receio de que a participação em um ato dessa natureza poderia prejudicar a relação do Palácio do Planalto com as Forças Armadas.

Os atos devem acontecer em diversas cidades, com destaque para Salvador, onde a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, estará presente ao lado de outras lideranças do partido. A decisão do presidente Lula de se manter neutro em relação aos 60 anos da ditadura militar reflete o posicionamento adotado por ele, que afirmou não querer “remoer o passado” e se preocupar mais com questões atuais.

Apesar da ausência do presidente e dos ministros do Governo, o PT convocou seus filiados e apoiadores para defender pautas como a defesa da democracia e a punição daqueles que atentaram contra o Estado Democrático de Direito. Os atos são organizados por movimentos de esquerda como a Frente Povo Sem Medo e a Frente Brasil Popular, com apoio de entidades ligadas ao PT, PSOL e PCdoB.

Lideranças de movimentos sociais criticaram a decisão do governo de não participar dos atos, afirmando que a presença de Lula poderia fortalecer a mobilização dos apoiadores. Mesmo assim, a intenção é unir movimentos sociais e trabalhadores para reivindicar a prisão dos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. A mobilização ocorrerá em diversas capitais brasileiras, além de Lisboa, em Portugal, e Barcelona, na Espanha.

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