Após duas audiências em fevereiro, os magistrados Victoria Sharp e Jeremy Johnson do Supremo Tribunal de Justiça de Londres anunciarão a decisão na terça-feira. Essa decisão é aguardada com grande interesse, pois determinará se Assange terá o direito de recorrer contra sua extradição para os Estados Unidos, que foi aceita pelo governo britânico em junho de 2022.
A esposa de Assange, Stella, expressou sua agonia nas redes sociais, pedindo que a população aguarde a decisão que poderá mudar o curso da vida de seu marido. Caso a extradição seja confirmada, a defesa de Assange pretende recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos na esperança de suspender o processo.
Os Estados Unidos acusam Assange de publicar mais de 700 mil documentos confidenciais desde 2010, expondo atividades militares e diplomáticas americanas, especialmente no Iraque e no Afeganistão. A divulgação de um vídeo que mostra civis e jornalistas mortos por disparos de um helicóptero americano, entre outros materiais sensíveis, foi o cerne das acusações.
Os apoiadores de Assange mostram preocupação com seu estado de saúde, bem como com o risco de suicídio em caso de extradição. Sua defesa argumenta que o processo é político e que sua vida estaria em perigo nos Estados Unidos. Por outro lado, os representantes do governo americano afirmam que Assange expôs fontes de informação deliberadamente, distanciando-se de práticas jornalísticas comuns.
A decisão da Justiça britânica sobre o caso de Julian Assange não apenas definirá o futuro do fundador do Wikileaks, mas também terá repercussões significativas no campo da liberdade de imprensa e do direito à informação. O desfecho desse processo emblemático está prestes a se concretizar, e o mundo aguarda ansiosamente por respostas.