Os ataques, segundo Dowden, fazem parte de um padrão claro de atividade hostil originada na China. Mesmo assim, ele ressaltou que os hacks não foram bem-sucedidos e que a segurança das eleições não foi comprometida. Em agosto do ano passado, a comissão eleitoral britânica foi vítima de um ataque cibernético por parte de “atores hostis” não identificados, que conseguiram acessar servidores com dados de eleitores.
Em resposta aos ataques, o governo britânico anunciou sanções contra dois indivíduos e uma empresa ligados ao grupo APT31, suspeito de orquestrar os ciberataques. Além disso, o embaixador chinês em Londres será convocado para explicar a conduta da China. O Ministro das Relações Exteriores, David Cameron, classificou as ações como “completamente inaceitáveis” e afirmou ter levantado a questão com seu colega Wang Yi.
Tanto o Reino Unido quanto os Estados Unidos atribuíram os ataques à APT31, que tem ligações com a inteligência chinesa. Ambos os países reforçaram suas defesas contra esse tipo de ataque, que visava reprimir críticos do regime chinês, comprometer instituições governamentais e roubar segredos comerciais. O primeiro-ministro britânico Rishi Sunak destacou o investimento em capacidades de segurança e afirmou que a China representa uma ameaça econômica e um desafio significativo para a segurança do país.
Em meio às tensões crescentes entre o Reino Unido e a China, envolvendo questões de direitos humanos e interferências políticas, o governo chinês negou as acusações e destacou sua postura de combater atividades cibernéticas maliciosas. Os desentendimentos entre os dois países se intensificaram nos últimos anos, culminando em acusações mútuas de espionagem e ataques cibernéticos. A questão da segurança cibernética se tornou um ponto sensível nas relações entre o Reino Unido e a China.