Decisão sobre prisão de deputado acusado de envolvimento no caso Marielle é adiada pela Câmara dos Deputados para análise detalhada.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça-feira que os procedimentos para decidir sobre a prisão do deputado Chiquinho Brazão (RJ), suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, seguirão o rito regimental. Em uma entrevista coletiva após a reunião da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), Lira ressaltou a complexidade e sensibilidade do caso, destacando a necessidade de tratá-lo com máximo cuidado.

Segundo o presidente, a Câmara foi oficialmente informada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a prisão de Brazão, e agora cabe à CCJ analisar o processo. Com a solicitação de vista na comissão, a análise do caso fica adiada por duas sessões do Plenário da Câmara, e somente após a deliberação da CCJ os deputados decidirão se mantêm ou não a prisão do parlamentar.

Lira enfatizou que o adiamento não prejudica o processo nem a investigação, uma vez que o tempo decorrido conta contra o deputado preso. Ele destacou a importância de respeitar o devido processo legal e garantir a ampla defesa. O presidente afirmou que a decisão final caberá ao Plenário da Câmara, que deverá se posicionar após a análise da CCJ.

O caso tem gerado grande repercussão e a prisão de Chiquinho Brazão levanta questões sobre a atuação dos parlamentares e a necessidade de combate à impunidade. A sociedade acompanha atentamente o desenrolar dos acontecimentos, aguardando por uma decisão justa e que traga luz sobre o envolvimento do deputado no caso Marielle Franco.

A reportagem contou com a contribuição de Luiz Gustavo Xavier na apuração dos fatos e Wilson Silveira na edição do texto. O desfecho desse caso promete ser marcante e revelador, e a atuação transparente e responsável do Congresso Nacional será fundamental para garantir a confiança da população nas instituições democráticas.

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