A questão do acordo comercial é um dos pontos principais que serão abordados nos encontros do presidente francês com empresários do setor produtivo. Diversos líderes do setor industrial esperam convencer Macron de que o acordo trará benefícios para ambos os lados, como a diversificação das exportações e a ampliação da rede de parceiros comerciais dos países dos blocos.
Durante sua passagem pelo Brasil, Macron participará de um fórum bilateral realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e terá reuniões reservadas com empresários no país. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também pretende defender a importância do acordo com o Mercosul, apontando que a não aplicação do imposto de importação na Europa beneficiaria significativamente a indústria de transformação brasileira.
Além disso, a CNI destaca a relevância da indústria brasileira na pauta comercial com a União Europeia, que comprou US$ 46,3 bilhões em produtos do Brasil no ano passado. Segundo a entidade, a cada R$ 1 bilhão exportado para a União Europeia, são gerados 21,4 mil empregos no Brasil, evidenciando a importância do acordo para a economia do país.
Diante desses argumentos, Macron terá oportunidade de ouvir dos empresários brasileiros as vantagens e os impactos positivos que a conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia pode trazer para o setor produtivo do Brasil.