Em uma série de publicações, Trump descreveu Merchan como um “verdadeiro e certificado ‘hater’ de Trump” e afirmou que o juiz não poderia lhe oferecer um julgamento justo. Além disso, Trump também fez comentários sobre a filha de Merchan, dizendo que ela é uma “alta executiva em uma empresa Democrata Super Liberal”.
Esta não é a primeira vez que um juiz impõe uma ordem de silêncio a Trump. O juiz Arthur Engoron e a juíza Tanya Chutkan já haviam tomado medidas semelhantes em processos anteriores envolvendo o ex-presidente.
Merchan destacou que as declarações públicas de Trump são “ameaçadoras, incendiárias e degradantes”, o que representa um risco para a administração da justiça. Portanto, a ordem de silêncio foi considerada a medida mais adequada para evitar possíveis interferências no processo.
O ex-presidente está enfrentando acusações de falsificação de registros comerciais para acobertar pagamentos feitos à ex-atriz pornô Stormy Daniels antes das eleições de 2016. Além disso, ele também é acusado de tentar reverter os resultados das eleições de 2020 e de reter documentos sigilosos após deixar a Casa Branca.
O julgamento de Trump está marcado para 15 de abril, tornando-o o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a enfrentar um processo penal. A decisão de Merchan vem como uma tentativa de garantir um processo justo e imparcial diante das graves acusações contra Trump.