Conselho Nacional de Direitos Humanos reabre processo de investigação do assassinato de Rubens Paiva pela ditadura militar após 40 anos.

O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) anunciou nesta terça-feira a reabertura do processo de investigação sobre o assassinato do ex-deputado federal Rubens Paiva pela ditadura militar em 1971. Este importante passo foi dado após anos de luta da família e de movimentos em defesa dos direitos humanos, que buscaram incansavelmente por justiça e reparação.

Rubens Paiva foi preso, torturado e morto durante o período de repressão militar no Brasil. Após 40 anos de dúvidas e angústias, a Comissão Nacional da Verdade concluiu, em 2014, que o ex-deputado havia sido assassinado pelas forças de segurança do regime autoritário. No entanto, a busca por justiça e pela verdade continua, e a reabertura do processo de investigação é um passo essencial nesse caminho.

A sessão realizada no CNDH contou com a presença de familiares de Rubens Paiva, incluindo sua filha Vera Paiva, que lutaram incansavelmente por décadas para esclarecer os fatos e garantir que os responsáveis fossem responsabilizados. A reabertura do caso foi proposta pela presidente do Conselho, Marina Dermman, e recebeu apoio quase unânime dos membros presentes. A representante do Ministério da Justiça, Roseli Faria, absteve-se devido à falta de posicionamento claro da pasta sobre o assunto.

Para o conselheiro Hélio Leitão, a reabertura do caso de Rubens Paiva é simbólica, especialmente no contexto dos 60 anos do golpe militar. Ele ressaltou a importância de buscar a verdade, fazer justiça e responsabilizar os culpados, destacando que a Lei da Anistia não protege torturadores e assassinos da ditadura militar.

Os elementos colhidos durante a nova investigação serão encaminhados ao Ministério Público Federal e às instâncias oficiais competentes. Hélio Leitão enfatizou que crimes como o de Rubens Paiva são imprescritíveis, em conformidade com a jurisprudência internacional.

Rubens Paiva foi um defensor da democracia e pagou com a própria vida por suas convicções políticas. Sua história de luta e resistência permanece viva na memória de todos que buscam justiça e verdade. A reabertura do processo de investigação sobre seu assassinato é um passo fundamental na busca por justiça e reparação histórica para as vítimas da ditadura militar no Brasil.

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