Rio de Janeiro confirma primeiro casos de dengue tipo 3 em 2021, levantando alerta para população vulnerável no estado.

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) confirmou nesta sexta-feira (5) dois casos de dengue tipo 3, sendo o primeiro registro deste sorotipo no estado desde 2007. Os casos foram identificados em uma mulher de 39 anos, moradora de Paraty, na Costa Verde, e em uma criança de um ano, de Maricá, na região Metropolitana II. Ambos os pacientes foram diagnosticados nos dias 25 e 26 de fevereiro, respectivamente, e foram submetidos a tratamento, apresentando melhora em seu estado de saúde.

Os municípios onde os casos foram registrados estão realizando investigações para determinar se a origem da infecção é local ou se trata de casos importados. O sorotipo 3 da dengue não circulava no Rio de Janeiro há mais de uma década, o que aumenta a vulnerabilidade da população que não teve contato prévio com o vírus. Segundo a SES-RJ, aproximadamente 4,8 milhões de pessoas estariam suscetíveis a esse sorotipo.

A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, ressaltou a importância de manter a vigilância e tomar medidas preventivas diante da circulação do novo sorotipo no estado. Os sintomas da dengue tipo 3 são semelhantes aos dos outros sorotipos, incluindo febre alta, dor no corpo, náuseas, vômitos, entre outros.

Apesar de até então os casos de dengue no estado estarem restritos aos sorotipos 1 e 2, com predominância do sorotipo 1, a confirmação dos casos de dengue tipo 3 alerta para a necessidade de intensificar as ações de prevenção e controle da doença. O Boletim Panorama da Dengue divulgado pela SES-RJ mantém o estado em situação de Emergência em Saúde Pública, com alto nível de alerta contra a dengue.

O decreto de epidemia de dengue no Rio de Janeiro segue em vigor devido aos altos índices de incidência da doença no estado. Até o momento, foram registrados 186.624 casos prováveis de dengue e 91 óbitos confirmados. A SES-RJ continua monitorando a situação e implementando ações de combate à dengue, como capacitação de profissionais de saúde e instalação de salas de hidratação em unidades de pronto atendimento. A população deve estar atenta aos sintomas e buscar atendimento médico em caso de suspeita de dengue.

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