Invasão na Embaixada do México no Equador causa crise diplomática entre os países e gera condenação internacional.

O governo brasileiro emitiu uma condenação enfática contra a incursão das forças policiais do Equador na Embaixada do México, localizada em Quito, capital equatoriana. O episódio ocorreu na noite de sexta-feira e gerou indignação por parte das autoridades brasileiras, que classificaram a ação como uma clara violação da Convenção Americana sobre Asilo Diplomático e da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

Em comunicado à imprensa, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil expressou solidariedade ao governo mexicano e repudiou veementemente a atitude do governo equatoriano. De acordo com o MRE, a inviolabilidade dos locais de missões diplomáticas é um princípio fundamental nas relações internacionais e deve ser respeitado por todos os países.

Os acontecimentos levaram o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, a anunciar a suspensão imediata das relações diplomáticas entre México e Equador. O motivo foi a entrada forçada da polícia equatoriana na embaixada mexicana para deter o ex-vice-presidente equatoriano, Jorge David Glas Espinel, que estava sob proteção da diplomacia mexicana.

López Obrador classificou o episódio como uma violação flagrante do direito internacional e da soberania mexicana, evidenciando seu repúdio à ação autoritária do governo equatoriano. Em resposta, o governo do México orientou o embaixador em Quito a interromper oficialmente as relações diplomáticas entre os dois países.

Por outro lado, o governo equatoriano defendeu sua soberania nacional e destacou que Jorge Glas Espinel foi condenado pela justiça local, não podendo ser considerado um perseguido político. O comunicado oficial ressaltou a intolerância com a impunidade e a necessidade de combater a corrupção, mesmo que isso implique em medidas drásticas.

A crise diplomática entre México e Equador evidencia tensões políticas e jurídicas que podem ter desdobramentos significativos nas relações bilaterais. O episódio também ocorre em meio a um contexto de conflito armado no Equador, no qual o governo brasileiro já havia se posicionado oferecendo cooperação em áreas como inteligência e segurança para auxiliar o país sul-americano.

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