A partir do dia 25 de abril, os visitantes da parte histórica de Veneza terão que desembolsar 5 euros, aproximadamente R$ 27, para entrar na cidade. Essa taxa será cobrada principalmente em feriados nacionais e fins de semana até meados de julho. As autoridades locais esperam que essa cobrança incentive as pessoas a visitarem a cidade em dias e horários menos movimentados.
O presidente da Câmara, Luigi Brugnaro, deixou claro que o objetivo não é arrecadar dinheiro, mas sim gerenciar melhor o fluxo de turistas e desencorajar o turismo em massa, que tem causado dificuldades para os habitantes locais. A cidade também implementou um sistema de registo online para que as autoridades possam avaliar quantos turistas esperar e planejar estratégias para lidar com eles.
Além da taxa de entrada, a cidade também adotou outras medidas para proteger sua singularidade. Portões gigantes foram instalados nas bocas da lagoa para evitar a entrada de água do mar, e a circulação de navios de cruzeiro nos canais internos foi proibida. Esses esforços ajudaram a manter Veneza fora da lista de “Patrimônio Mundial em Perigo” da UNESCO.
No entanto, a cidade ainda enfrenta desafios, especialmente financeiros. O governo central da Itália não renovou o financiamento para ajudar a preservar Veneza, e o prefeito Brugnaro solicitou 1,5 bilhão de euros para os próximos 10 anos. Ele ressaltou a importância de manter a cidade protegida e pediu colaboração dos visitantes.
As novas medidas adotadas por Veneza, como a taxa de entrada e o registo online, estão sendo introduzidas em caráter experimental para avaliar sua eficácia. As autoridades esperam que essas medidas ajudem a controlar o fluxo de turistas e a preservar a cidade para as futuras gerações.
