Altas de preços em planos de saúde, tomate e cebola impulsionam inflação em março, aponta IBGE

No mês de março, a inflação no Brasil foi de 0,16%, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10) no Rio de Janeiro. Esse índice representa uma queda significativa em relação aos 0,83% registrados no mês anterior, em fevereiro. Os principais responsáveis por essa inflação foram os aumentos nos preços dos planos de saúde, do tomate e da cebola.

O aumento de 14,34% no preço da cebola, juntamente com um aumento de 9,85% no preço do tomate, contribuíram para a pressão inflacionária no mês de março. Outro alimento que teve uma variação expressiva de preços foi a banana prata, com um aumento de 7,79%.

Segundo o pesquisador do IBGE, André Almeida, esses aumentos nos preços dos alimentos estão relacionados a uma menor oferta, que por sua vez está ligada a condições climáticas desfavoráveis para a agricultura. Além disso, o El Niño intensificou esse efeito em 2024.

Além dos alimentos, os planos de saúde também contribuíram para a alta de preços em março, com uma variação de 0,77%. Isso se deve principalmente ao reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos de saúde.

Por outro lado, o grupo de transportes registrou uma deflação de 0,33%, o que ajudou a frear a inflação total no mês de março. Itens como passagens aéreas, gás veicular, óleo diesel e tarifa do ônibus urbano tiveram queda de preços, contribuindo para esse resultado.

Em relação às despesas com comunicação, artigos de residência, educação, habitação, vestuário e despesas pessoais, houve variações nos preços, com alguns grupos apresentando deflação. Entre as capitais e regiões metropolitanas, São Luís teve a maior alta de preços, enquanto Porto Alegre foi a única a apresentar deflação.

Em resumo, a inflação em março foi influenciada principalmente pelo aumento nos preços dos alimentos e dos planos de saúde, enquanto a deflação em alguns setores contribuiu para frear a pressão inflacionária, resultando em uma taxa geral de 0,16%.

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