Biden critica a abordagem de Netanyahu em Gaza e pede cessar-fogo em entrevista à TV espanhola

O presidente dos EUA, Joe Biden, criticou abertamente a abordagem do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em relação aos conflitos em Gaza. As declarações de Biden, feitas em uma entrevista transmitida na última terça-feira (10), marcaram uma das críticas mais contundentes do líder americano ao premiê israelense, em meio às crescentes tensões e ao elevado número de vítimas civis na guerra entre Israel e o Hamas.

Biden classificou a abordagem de Netanyahu como um “erro” e instou Israel a buscar um cessar-fogo imediato. O presidente americano ressaltou a importância de permitir acesso total a alimentos e medicamentos em Gaza nas próximas semanas, destacando a necessidade de agir para amenizar a crise humanitária na região.

Além disso, Biden condenou veementemente um ataque de drone israelense que resultou na morte de sete trabalhadores humanitários de uma organização de caridade dos EUA em Gaza, classificando-o como “ultrajante”. Essa postura representa uma mudança significativa na relação entre os Estados Unidos e Israel, tradicional aliado do país na região.

Enquanto mediadores internacionais buscam avanços rumo a um cessar-fogo e um acordo de libertação de reféns, Israel enfrenta pressão para aumentar a entrega de ajuda humanitária a Gaza. Grupos humanitários acusam Israel de utilizar a fome como arma de guerra na região, onde mais da metade da população vive em condições de insegurança alimentar catastrófica.

A Organização das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) relatou dificuldades na entrega de alimentos em Gaza devido a restrições impostas por Israel. Enquanto o governo israelense alega não limitar a ajuda humanitária à região, a ONU afirma que as entregas realizadas ainda são insuficientes para suprir as necessidades da população local.

Nesse contexto, a pressão internacional sobre Israel continua a crescer, com a comunidade internacional clamando por uma solução pacífica para o conflito em Gaza. A postura firme de Joe Biden reflete a necessidade urgente de ações concretas para proteger os civis e garantir a entrega de assistência humanitária essencial na região.

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