Construído em 1956, o Edifício Holiday é conhecido como um dos mais importantes marcos arquitetônicos não apenas do Recife, mas também de todo o estado de Pernambuco. Infelizmente, ao longo dos anos, a estrutura do prédio tem passado por um processo crescente de degradação. Em 2019, o edifício foi condenado devido ao risco iminente de desabamento e à presença de ligações elétricas clandestinas que aumentavam o perigo de explosão. Naquele mesmo ano, cerca de três mil moradores foram desocupados. O Edifício Holiday possui 17 andares e 476 apartamentos.
O engenheiro responsável pela vistoria foi Gustavo Farias, designado pelo próprio TJPE. Farias, que é presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia Seccional Pernambuco (Ibape-PE), informou que o resultado da avaliação e o valor de mercado serão divulgados em oito dias.
Durante a vistoria, alguns moradores compareceram ao local para relembrar a época em que viviam no edifício. Ivo Dumer, aposentado de 55 anos, que residiu no prédio entre 2003 e 2019, compartilhou suas lembranças e lamentou a condição atual do imóvel. Outra moradora que marcou presença foi Girleide Ferreira, estudante de administração de 50 anos, que viveu no Edifício Holiday por mais de três décadas, desde a infância.
Segundo o presidente do TJPE, Ricardo Paes Barreto, existem pelo menos três ou quatro empresas interessadas na compra do edifício. Ele mencionou que alguns compradores têm planos de realizar um retrofit, ou seja, recuperar a estrutura existente, enquanto outros cogitam a possibilidade de demolir o prédio. A decisão final, que envolverá um custo considerável, definirá o futuro icônico do Edifício Holiday que, espera-se, será restaurado e se tornará uma atração memorável em Boa Viagem.
