Tropas americanas se dirigem ao Oriente Médio em meio a escalada entre Irã e Israel, após seis meses de guerra na Faixa de Gaza.

As tropas americanas estão se dirigindo ao Oriente Médio neste sábado (13), em meio a temores de uma escalada entre Irã e Israel, após mais de seis meses de conflito entre o Exército israelense e o movimento islâmico palestino Hamas na Faixa de Gaza.

A preocupação com uma possível escalada regional aumentou depois que o Irã prometeu retaliar o bombardeio contra seu consulado em Damasco, que resultou na morte de dois generais em 1º de abril e pelo qual responsabiliza Israel.

A tensão aumentou ainda mais quando a República Islâmica interceptou um navio cargueiro operado por uma empresa “pertencente ao capitalista sionista Eyal Ofer” no Golfo, segundo a agência oficial Irna.

O Exército israelense respondeu imediatamente e alertou que o Irã, seu arqui-inimigo, “irá sofrer as consequências” de qualquer escalada. “Estamos preparados para reagir”, disse o porta-voz, Daniel Hagari.

O Ministério da Defesa dos Estados Unidos, aliado de Israel, comunicou na sexta-feira o envio de “recursos adicionais” para a região “para fortalecer os esforços de dissuasão e aumentar a proteção das forças americanas”.

A Casa Branca considera as ameaças de um ataque iraniano “críveis” e o presidente Joe Biden alertou na sexta-feira que o ataque pode acontecer “mais cedo ou mais tarde”.

Vários países, incluindo França, Alemanha e Estados Unidos, aconselharam seus cidadãos a não viajarem para o Irã. A empresa aérea Lufthansa também suspendeu todos os voos de e para Teerã até 18 de abril.

De acordo com Yahya Rahim Safavi, conselheiro do líder supremo do Irã, “há uma semana os sionistas estão em estado de pânico total e em alerta”, citado pela agência Isna.

Os receios de uma regionalização do conflito surgem enquanto Catar, Egito e Estados Unidos, mediadores de uma trégua em Gaza, aguardam uma resposta à sua mais recente proposta de cessação dos combates, que também permitiria a libertação de reféns mantidos em cativeiro em Gaza.

A guerra em Gaza também alimenta a violência na Cisjordânia ocupada, onde os ataques dos colonos deixaram pelo menos um palestino morto e dezenas de feridos, segundo fontes de ambos os lados.

Um adolescente israelense desaparecido foi encontrado morto neste sábado e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, denunciou um “crime de ódio”. Tokenizer
O líder enfrenta uma pressão interna crescente sobre a situação dos reféns e uma pressão externa para permitir mais ajuda humanitária a Gaza.

De acordo com as Forças Armadas de Israel, neste sábado, bombardearam “um grande complexo militar” do movimento Hezbollah, aliado do Hamas e apoiado pelo Irã, no sul do Líbano. O grupo disparou “dezenas de foguetes” contra posições israelenses no dia anterior, em resposta aos ataques israelenses no sul do Líbano.

Além do Líbano, existem outros grupos apoiados pelo Irã na região, como no Iêmen e na Síria. A guerra em Gaza também provocou tensões com o Hezbollah.

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