Desde a última quinta-feira, aproximadamente 10 milhões de pessoas em Bogotá e em municípios vizinhos têm enfrentado cortes programados no abastecimento de água, numa tentativa de elevar os níveis dos reservatórios. No entanto, as medidas não se mostraram eficazes em meio aos impactos do fenômeno climático El Niño e das mudanças climáticas.
As multas para o desperdício de água variam entre 700 mil e 1,2 milhão de pesos colombianos. Ações como lavar carros, motos ou bicicletas na via pública e despejar resíduos de sabão e óleo serão punidas. A polícia realizará vistorias para identificar possíveis infrações.
Antes do racionamento, a prefeitura propôs uma redução de 11 metros cúbicos por segundo no consumo de água, porém a economia atingida foi de apenas 1,8 metro cúbico. Diante disso, medidas mais rigorosas podem ser adotadas nos próximos dias. Além das multas, haverá cobranças adicionais para residências que excedam o consumo mensal de água.
Paralelamente, a Colômbia enfrenta o risco de racionamento de energia devido ao baixo nível das hidrelétricas. Caso os reservatórios caiam abaixo de 27%, cortes de energia poderão ocorrer. O presidente Gustavo Petro se reunirá com o ministro de Minas e Energia para discutir possíveis medidas diante dessa crise.
Em resumo, a situação em Bogotá é crítica, com medidas severas sendo tomadas para lidar com a escassez de água e o risco iminente de racionamento de energia. As multas por desperdício de água representam um esforço da prefeitura para conscientizar a população e enfrentar a crise hídrica que assola a cidade.
