Na região, a Universidade Federal Fluminense (UFF) já realizou uma paralisação de 24 horas nesta segunda-feira, como forma de avaliar a construção da greve. Enquanto isso, os professores da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) permanecem em estado de greve, analisando as negociações em andamento com o governo federal.
Cláudia Piccinini, vice-presidente do Andes-RJ, explicou que o movimento de mobilização no Rio de Janeiro inclui a discussão da recomposição salarial, a recomposição orçamentária das universidades públicas e institutos federais, bem como a contestação de portarias e resoluções do governo federal.
A nível nacional, 17 instituições de ensino federal deram início à greve, com outras três já paralisadas anteriormente e indicativos de greve em cinco instituições para as próximas semanas. O governo, segundo o Andes, apresentou propostas apenas para reajustar benefícios como auxílio alimentação e assistência pré-escolar, deixando de lado a pauta salarial solicitada pelos docentes.
Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), os professores lançaram a campanha “Eu Amo a UFRJ” como uma última tentativa de reivindicar junto ao governo antes de iniciar a greve. A Associação de Docentes (ADUFRJ) alertou para os problemas de infraestrutura causados pelos cortes de verbas desde 2015, ressaltando que a instituição enfrenta dificuldades para pagar fornecedores, terceirizados e prestadores de serviço, além de problemas de manutenção.
A ADUFRJ criticou a decisão da diretoria nacional do Andes em deflagrar a greve, argumentando que as negociações ainda estão em andamento e que é importante manter o diálogo aberto. A associação busca apoio da sociedade para suas demandas e enfatiza a importância de manter a universidade mobilizada e unida, ao invés de aderir à greve.
O Ministério da Educação afirmou estar buscando alternativas de valorização dos servidores da educação e participando de negociações com as categorias. No entanto, a decisão dos professores de aderir à greve reflete o descontentamento com as condições atuais e a busca por melhorias no setor da educação no país.