Projeto de Lei prevê integração de contenciosos administrativos do IBS e da CBS para garantir eficiência na resolução de disputas tributárias

No cenário político brasileiro, um Projeto de Lei Complementar (PLP) está em análise na Câmara dos Deputados com o intuito de promover a integração dos contenciosos administrativos do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). De autoria da deputada Adriana Ventura, o PLP 37/24 visa estabelecer medidas a fim de garantir a harmonização e eficiência no julgamento de litígios entre contribuintes e o Estado.

A reforma tributária, que resultou na criação desses dois tributos, estabeleceu a necessidade da integração dos contenciosos, uma vez que o IBS é de competência estadual e municipal, enquanto a CBS é federal, ambos incidindo sobre o mesmo fato gerador, a aquisição de bens e serviços.

Pelos termos do projeto, a Receita e o Comitê Gestor do IBS estarão proibidos de editar atos normativos conflitantes, assegurando a conformidade das regras entre os dois tributos. Além disso, o PLP aborda aspectos como prazos processuais, intimações, fiscalização, instauração dos processos e competências dos órgãos do contencioso.

Na esfera dos órgãos de julgamento, o PLP 37/24 confirma as atuais Delegacias de Julgamento da Receita Federal e o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda como responsáveis pelo contencioso da CBS, enquanto o contencioso do IBS ficará sob a responsabilidade do Conselho Tributário do IBS, com a Câmara Técnica de Uniformização para unificar a jurisprudência.

A deputada Adriana Ventura destaca que o projeto busca fornecer suporte jurídico e operacional para a implementação bem-sucedida da reforma tributária, que impactará diretamente na redução de cinco tributos para dois novos. Com o objetivo de estabelecer um marco regulatório claro e eficiente, o PLP 37/24 será analisado primeiramente pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), antes de seguir para votação no Plenário da Câmara dos Deputados.

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