Dólar atinge maior valor em 13 meses e bolsa de valores registra quinta queda consecutiva, atingindo níveis de novembro do ano passado

Em um cenário de turbulências nos mercados financeiros, o dólar encerrou o dia em alta, atingindo o maior valor em 13 meses. A moeda norte-americana fechou a terça-feira valendo R$ 5,27, com uma elevação de R$ 0,08 (+1,64%). Esse foi o quinto dia consecutivo de valorização do dólar, culminando no maior patamar desde março do ano passado. Ao longo da sessão, a cotação chegou a R$ 5,28, em meio a um panorama de incertezas e nervosismo.

Paralelamente, a bolsa de valores também viveu um dia tenso, registrando a quinta queda consecutiva. O índice Ibovespa, da B3, fechou em 124.389 pontos, com uma desvalorização de 0,75%, marcando o menor nível desde novembro de 2023. No acumulado de 2024, o índice já apresenta uma retração de 7,3%, refletindo a instabilidade do mercado nacional e internacional.

As causas para essa volatilidade nos mercados são diversas, tanto de cunho interno quanto externo. No âmbito nacional, a mudança da meta fiscal para 2025, com a manutenção do déficit primário zero, desagradou os investidores. Já no cenário internacional, questões como o agravamento das tensões entre Irã e Israel e a situação da economia norte-americana contribuíram para a valorização do dólar em nível global.

A fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, também impactou os mercados, ao sinalizar que os dados recentes de inflação nos EUA podem influenciar a política de cortes de juros. Além disso, a elevação das taxas de juros em economias avançadas tem estimulado a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.

No que diz respeito ao petróleo, a cotação do barril do tipo Brent caiu para US$ 89,99, mesmo após o bombardeio iraniano a Israel. Esses elementos combinados resultam em um ambiente de instabilidade e tensão nos mercados financeiros, refletindo a sensibilidade dos investidores a eventos locais e globais que impactam diretamente a economia.

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