Presidente Maduro fecha embaixada da Venezuela no Equador em retaliação ao ataque à embaixada mexicana em Quito.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tomou uma decisão drástica nesta terça-feira (16) ao ordenar o fechamento da sede diplomática de seu país no Equador. A medida foi uma resposta às ações da polícia equatoriana, que atacou a embaixada mexicana em Quito para prender o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que estava abrigado no local.

Durante um discurso em uma cúpula virtual da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), Maduro anunciou: “Ordenei fechar a nossa embaixada no Equador, fechar o consulado em Quito, fechar o consulado em Guayaquil e que o pessoal diplomático retorne imediatamente à Venezuela, até que o direito internacional seja expressamente restaurado no Equador”. O presidente socialista ainda exigiu que o Equador entregue Glas ao México.

A operação policial para capturar Glas, realizada em 5 de abril, gerou condenações de trinta países e organizações internacionais e regionais, incluindo as Nações Unidas e a Organização dos Estados Americanos (OEA). O ex-vice-presidente equatoriano se refugiou na embaixada mexicana em dezembro passado, após receber asilo político do México, devido a acusações de corrupção durante seu mandato como braço direito do ex-presidente Rafael Correa.

O governo equatoriano tentou entrar na sede diplomática para deter Glas, mas o México recusou permissão. Maduro não poupou críticas ao presidente do Equador, Daniel Noboa, por apoiar o ataque à embaixada mexicana. Segundo Maduro, as declarações de Noboa representam um desrespeito ao direito internacional e ao marco jurídico vigente.

Diante desse cenário tenso entre os países envolvidos, a situação continua sendo acompanhada de perto pela comunidade internacional, que busca uma solução diplomática para o impasse. A relação entre Venezuela, Equador e México permanece abalada, e os próximos passos a serem tomados ainda são incertos.

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