Durante um evento realizado nesta quarta-feira (17), o governador ressaltou a importância de utilizar a tecnologia para aprimorar a educação, sem deixar de lado a supervisão e a orientação dos professores. Os conteúdos criados pela inteligência artificial serão submetidos à aprovação dos professores antes de serem disponibilizados aos estudantes, garantindo assim a qualidade e a precisão do material.
A decisão de adotar a inteligência artificial na elaboração das aulas digitais vem após problemas enfrentados pelo governo no ano passado, quando foram identificados erros graves nos materiais digitais escolares utilizados pela rede estadual de educação. A Justiça chegou a suspender a distribuição dos conteúdos devido a equívocos factualmente incorretos presentes nos slides.
Apesar da proposta do governo, o projeto de uso do ChatGPT na produção de conteúdo digital tem sido alvo de críticas por parte dos professores estaduais. A presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e deputada estadual, Professora Bebel (PT), argumenta que as tecnologias devem ser ferramentas auxiliares no processo educativo e não podem substituir o trabalho docente.
Diante das controvérsias em torno do uso da inteligência artificial na educação, a categoria de professores convocou uma assembleia para discutir o assunto no dia 26 de abril. A deputada Professora Bebel até protocolou uma representação no Ministério Público Estadual contra a iniciativa do governo paulista.
O debate sobre o uso da inteligência artificial na educação promete ser intenso e relevante, já que envolve questões relacionadas à qualidade do ensino e ao papel do professor na formação dos estudantes. A busca por soluções tecnológicas que contribuam para a melhoria da educação deverá continuar sendo um tema de destaque no cenário educacional de São Paulo.
