Deputado apresenta projeto para regulamentar profissão de motorista autônomo de aplicativos, em meio a divergências com proposta do Executivo

O projeto de lei 536/24, de autoria do deputado Daniel Agrobom, que regulamenta a profissão de motorista autônomo de serviços de mobilidade urbana, está em destaque no cenário político atual. O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Motoristas de Aplicativos apresentou essa proposta como uma alternativa ao PLP 12/24, elaborado pelo Poder Executivo, que, na visão do parlamentar, não atende às necessidades da categoria.

O principal ponto de discordância entre os dois projetos está na precificação da remuneração do serviço. Enquanto o PLP 12/24 propõe uma remuneração por hora trabalhada, o PL 536/24 estabelece como parâmetro o valor por km rodado e por minuto trabalhado. Segundo o texto, o motorista receberá R$ 1,80 por km rodado e R$ 0,40 por minuto, com ajustes de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA).

Além disso, o PL 536/24 prevê a criação de uma metodologia de precificação da prestação de serviço, denominada “markup”, que levará em consideração diversos fatores para estabelecer o valor médio por categoria de veículo. Essa proposta busca garantir uma remuneração justa aos motoristas autônomos, ao mesmo tempo em que mantém a natureza privada do serviço.

Outro ponto importante do projeto é a definição do contrato de parceria entre o motorista e a operadora de aplicativo, deixando claro que se trata de uma relação de parceria, e não de emprego. O texto estabelece condições para o repasse de pagamentos, multas por atraso e regras para rescisão unilateral do contrato.

Por fim, o projeto também aborda questões relacionadas à segurança dos motoristas e dos passageiros, bem como os critérios para cancelamento de corridas. A proposta tramitará nas comissões de Indústria, Comércio e Serviços; de Trabalho; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, com expectativa de gerar debates e possíveis alterações antes de seguir para votação em Plenário.

Portanto, o PL 536/24 surge como uma alternativa para garantir melhores condições de trabalho e remuneração aos motoristas de aplicativos, em meio a um cenário de constantes transformações e desafios no mercado de mobilidade urbana.

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