ONU denuncia destruição intencional de equipamentos médicos em hospitais de Gaza sitiados por Israel, alerta aumento de partos em condições inimagináveis.

A situação nos hospitais e maternidades de Gaza é desoladora e desumana, conforme denúncia da ONU nesta sexta-feira (19). A organização internacional alertou para a destruição “intencional” de equipamentos médicos nesses locais, o que tem levado ao aumento de partos em condições inimagináveis no território palestino.

Após duas missões recentes da ONU em hospitais da Faixa de Gaza, foi constatado que muitos estavam em ruínas, incapazes de fornecer serviços de cuidado materno-infantis. O representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) para a Palestina, Dominic Allen, descreveu a situação no hospital Nasser, na cidade de Khan Yunis, como “indescritível” e “de partir o coração”. Ele destacou a destruição intencional dos equipamentos médicos, incluindo máquinas de ultrassom com cabos cortados e telas quebradas.

A destruição não se limitou aos equipamentos médicos, atingindo também a maternidade em Al Jair, outra unidade de Khan Yunis, onde parece que nenhum equipamento médico funciona mais. Dos 36 hospitais em Gaza, apenas dez estão parcialmente operacionais devido à violência e aos ataques.

Toda essa situação é agravada pela dificuldade de levar materiais médicos essenciais ao território palestino, sinalizada previamente pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O cenário de destruição e caos na área já era preocupante antes da ofensiva israelense em resposta ao ataque do grupo Hamas.

Os números de vítimas são impactantes, com mais de 1.000 mortos do lado palestino e mais de 30.000 do lado israelense, a maioria civis. A situação é extremamente grave e requer ação urgente para garantir o acesso à saúde e proteger a vida da população indefesa em Gaza. A comunidade internacional precisa reagir e pressionar por um cessar-fogo imediato, além de garantir a assistência humanitária necessária para salvar vidas nesse cenário de horror e destruição.

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